Sou um louco, aberração apreendida neste corpo,
Alimento-me das utopias dos grandes pensadores.
Para se fazer vivo o utópico é preciso primeiro,
Sonhar,
Viajar,
Divagar [Devagar]!
Sou um louco, preso as limitações mortais,
Estou fadado à velhice, ao medo, às angústias.
Aprisionado neste universo humano cá estou,
Amarrado,
Enlaçado,
Desalmado!
Sou um louco, acredito na transposição do impossível,
Acredito na força do que é extravagante.
Dopado nos devaneios distantes cá estou,
Escrevendo,
Libertando [- me],
Subvertendo!
São Luís/MA, domingo, 27 de março de 2011.