domingo, 30 de dezembro de 2007

CORRO, MAS ADIANTA?

Corro, tenho medo...
Me pergunto, como será?
Não sei, não posso prever...
Corro, tenho medo...
De que tenho medo?
Não sei... talvez do novo...
Olho o limiar do tempo,
Pura invenção humana,
Mas são tais invenções que me dão medo...
O que o novo nos reserva?
Não sei, nunca saberei,
Sempre que ele se aproxima de mim
Transmuta-se em presente,
Nunca continua a ser futuro,
Corro, tenho medo...
O novo se aproxima e à medida
Que se achega a mim me deixa
Tenso sem ter palavras para explicar...
Mesmo que eu corra,
Ele não tardará...
Ele sabe o momento,
E queira eu ou não...
Sim... O Novo Chegará...

___________________________Barra do Corda, 30 de dezembro de 2007

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

SE SOU? SOU UM? SOMOS UM!


O vento toca meu rosto, ouço cigarras a cantar, vaga-lumes a iluminar...

É noite, mas a vida não cessa, os seres noturnos saem para suas caçadas, e no meio da noite buscam suas presas.

É a vida, lei do mais forte, aquele mais esperto e melhor preparado vence... Do meio da escuridão ela brilha, sim, a VIDA BRILHA, a natureza me faz atentar a detalhes mínimos que, mesmo estando diariamente ao nosso redor, não havia observado.

O luar reluzente nas águas do rio me alegra e me faz relembrar que sou apenas mais um imerso na imensidão da natureza.

Sim, sou mais um, sou um com ela, mas no fundo não sei se sou, ou o que sou, apenas deixo-me ser, e assim, mesmo não sabendo a amplitude do que é ser, me deixo embriagar por esta força que me atinge do meio desta noite e exclamo, sou um com você!

Suja-pé - Barra do Corda - MA, 24 de dezembro de 2007

PS: Seria a réplica de: O Pensador - Rodin. Apenas para alegar um pouco! Abraço a todos os leitores, um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

UM PRÊMIO À RAZÃO HUMANA

Temos no Brasil uma cultura muito estranha, sempre buscamos alternativas, saímos pela tangente, etc. Enfim, somos profissionais em buscar alternativas para burlar o trâmite legal, entretanto, quando se trata de algo que realmente diz respeito à VIDA DE TODOS os CIDADÃOS brasileiros não somos nada alternativos; Eu explico, por exemplo, o Brasil, mesmo sendo um dos países com maior potencial energético do mundo tivemos que aturar o racionamento de energia.

Sabemos que nossas hidrelétricas estão sucateadas, com máquinas já ultrapassadas, e ao invés de modernizarmos nossas hidrelétricas (o que seria bem mais barato e viável), preferimos a alternativa de investir na construção de novas hidrelétricas (o que é bem mais caro), vale lembrar, que já foi provado que só a modernização das usinas que temos atualmente já supriria a demanda necessária por energia elétrica do país por um bom tempo; Tudo bem, certo que no Brasil o que não falta é rio para se construir hidrelétricas, mas isso me instiga a questionar por quê preferimos nos propor a causar mais IMPACTOS AMBIENTAIS, destruindo aquilo que a natureza levou milhares de anos para construir, quando há alternativas bem mais viáveis e bem mais rentáveis; sabemos que assim como não faltam águas nas quais se possam ser construídas novas hidrelétricas, também não nos falta terras, e vento, os quais poderiam ser explorados de forma plenamente sustentável com a ENERGIA EÓLICA, mas não... Enquanto se discute sobre formas de redução de impactos ambientais, nós aqui no Brasil nos preocupamos em bolar formas e mais formas de devastação.

Outro caso interessante de lembrarmos é o caso da transposição do Rio São Francisco, onde não se deixaram nem mesmo que o IBAMA terminasse os estudos de impactos ambientais de tal obra e já fomos aprovando e dando início às obras de transposição, é... Realmente se estamos dispostos "assassinar" uma das principais baías que cortam a Bahia, não precisamos estudar basta-nos fazer como temos feito agindo arbitrariamente contra o Meio Ambiente.

Depois ficamos querendo entender o que está acontecendo com o mundo, o porquê do Aquecimento Global. Intriga-me observar ao longo da história tantas aclamações ao ser humano, por ser RACIONAL, entretanto, tal capacidade tem feito de nós seres que só destroem o que aquilo que a Natureza levou milhares de anos para construir, vide as guerras, fome, miséria, tudo por conta da RAZÃO HUMANA, observemos, nós que criamos tudo isso, e que no fim das contas o que percebemos é que, na verdade, A RAZÃO HUMANA É DEMASIADAMENTE DESUMANA.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A VIDA DE UM POETA



Ser poeta é uma vida complicada,

à uma vida de amor ele deve ser amarrar.

A poesia é amor,

a poesia é dor,

poesia é mistura de cor,

a vida de um poeta é para ser entregue...

entregue ao laços de amor e dor!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A INCRÍVEL PARCIMONIOSIDADE DO POVO BRASILEIRO


A busca de todo estudante, no seu fim último, é galgar um lugar em um emprego seguro e que lhe garanta uma vida DIGNA, entretanto, o que acompanhamos em nosso país, que para os gringos é o PARAÍSO, não é isso. Ante aos olhos do cidadão brasileiro, aquele que rala duro diariamente, a fim de ganhar um salário, como o próprio nome diz, MÍNIMO, segundo a Constituição Federal tal salário deve suprir as necessidades básicas do cidadão, vale lembrar, isso quando ganha este salário-miséria, para estes, se sai um belo inferno, como diria Isaac, se Dante tivesse visitado nosso país o livro do Inferno seria bem maior (Divina Comédia).

Enquanto isso, percebemos que uma pequena classe de sanguessugas que pintam e bordam (viagens e mais viagens à custa do trabalhador que fica de sol a sol trabalhando e não é valorizado) por terem o PODER em suas mãos, ao passo que nós ficamos parados de braços cruzados. E com isso percebo que somos um povo de apenas palavras, tudo vira música, revoltas, escândalos políticos etc; Deixo claro que não sou contra a manifestação artística, mas não podemos ficar somente nela, se faz necessário tomar atitude ao invés de palavras vazias.

Não se pode esquecer da tal cordialidade brasileira, mas como já sabemos, tal cordialidade não é mais que uma mera máscara a fim de esconder a ÚNICA LEI que realmente obedecemos - A LEI DE GERSON - buscamos sempre uma alternativa para burlar as leis. Com isso, perpetuamos cada vez mais essa cultura do "jeitinho" e olhamos tudo isso e pior, achamos bonito.

Entristece-me ver as crianças passando fome, sem escola, enfim, sem nenhuma perspectiva, na verdade a minha luta é por um Brasil justo, entretanto se ficamos de braços cruzados sempre criticando as medidas e revoltas dos nossos parceiros não nos ajudamos em nada... A saída é a REVOLUÇÃO, precisamos um pouco deixar as nossas cadeirinhas e fazer realmente a máquina andar.

Peguemos as baionetas, espadas e machados e partamos rumo a uma DEMOCRACIA realmente participativa, descruzemos os braços e lutemos!
Ps.: A imagem representa tudo o que quis dizer.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

MUTATIS MUTANDIS

Finalmente estou de volta... Depois de alguns dias "fora do ar" descobri que não me basta escrever somente quando estiver tudo devidamente revisado, o tema devidamente focado, enfim tudo certinho, pois a humanidade é feita de irregularidades.

Primeiramente, devo registrar uma fazer de profundas mudanças em minha vida. Tenho descoberto que a vida é bem mais do que eu pensava e que a juventude é um tempo de uma profunda mudança, e diante de tantas leituras (Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, Demócrito, Kant, Hegel, Marx, Nietzsche...), vamos percebendo que o ser humano é por demais complexo, e que nem todos os esforços dos milhares de anos que já percorremos foram bastantes para nos ensinar o quanto somos seres de profundas mudanças e profundamente difíceis de serem entendidos... Questões e mais questões.

Afinal, qual o fim último da vida? Será que estamos aqui por acaso? Sim ou não? Bem, na verdade não sei, não quero responder - ainda - aquilo que as grandes mentes tentaram responder ao longo de tanto tempo eu não responderia num simples blog. Mas devo confessar, estes questionamentos me instigam a descobrir a cada dia o que há no amanhã (por mais que isso retorne ao infinito).

A vida é feita de mudanças, dentre as poucas certezas que tenho é que somos seres mutantes, no que concorre a dizer que estamos em constante mudanças, na tentativa de alcançar um fim, tão questionado por Aristóteles, para ele, queremos o "BEM" (Mas não é o Banco do Estado do Maranhão - apenas um toque de humor), acredito que ele acertou ao dizer isso, mas afinal, o que seria esse BEM, tantas pessoas tentam alcançar, isto é algo intrínseco de cada indivíduo, cada pessoa busca algo que a faça feliz (caramba, parece aula sobre Aristóteles - hehe, o Velho Tota).

E o questionamento continua, o que é a vida? para que(m) viver? será que realmente há uma finalidade extrínseca da existência humana? Bem, na verdade não há como responder tudo à todos, tais respostas, como já foi dito, são bastante pessoais, por isso que diante disso afirmo, tudo muda - mutatis mutandis - mudando o que deve ser mudado. Mudemos, tentemos ser melhores, viver um pouco mais no nosso próprio mundo e não usurpar a vida do mundo de todos. Respeitemo-nos, vivamos a alteridade que nos enriquece e faz de nós - humanos - seres tão complexos e tão aclamados, por nós mesmos, mas aclamados.

CARPE DIEM!

Abraços!

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A SEGURIDADE SOCIAL E O MITO DO EFICIENTISMO PENAL

A cada dia vemos crescer na mídia os constantes debates acerca da ineficiência do Sistema Penal brasileiro. Percebemo-la cada vez mais dominante e direcionadora de nossas opiniões a guiar nossas vidas. Com ela absorvemos, melhor dizendo, nos são forçadas goela abaixo suas ideologias e opiniões. Acredito que ela não nos deixa nem mesmo pensar. O que nos lembra muito bem a política dominadora de Adolf Hitler quando dizia a seus súditos: “Não cansem, marchem! Não pesem, deixem que Hitler pensa por vocês.”

Com isso nem percebemos quando nos deparamos com medidas cada vez mais drásticas que não resolvem em nada o problema, o pior, só agrava. Forma-se então o mito do Eficientismo Penal, isto é, um conjunto de medidas voltadas sempre para o aumento da atuação da Maquina Penal do Estado; Criam-se novas leis; Criam-se novas prisões, meros lixeiros humanos, pessoas que não são aceitas pela sociedade são lá jogadas e esquecidas. Porém, apesar de todas as medidas que são tomadas não percebemos nenhuma melhora na sociedade, pelo contrário, vemos cada vez mais violência, mais criminalidade, pessoas cada vez mais jovens sendo rotulados de criminosos. Sim... Criminalidade é um mero rótulo, até mesmo porque nós que temos uma vida saudável cometemos condutas criminosas nem por isso somos taxados de criminosos, não somos rejeitados nos trabalhos e tantas outras formas de rejeições que sofrem os assim rotulados, além de tudo vê-se um Sistema cada vez mais racista, classista e sexista. É aquela velha e conhecida história, o pobre, mesmo aquele que rouba uma lata de leite em pó, é ladrão, o rico, é cleptomaníaco. Vale lembrar a passagem de Padre Antônio Vieira no Sermão do Bom Ladrão:

"Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia, e como fosse trazido à sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém, ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim. — Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? — Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres."


Numa rua percebe-se claramente a enraizada idéia, vale dizer, ultrapassada, do fenótipo do criminoso. Não é difícil observar que ao chegarmos aos sinais fechamos os vidros para não sermos abordados por crianças com fome a cometer pequenos delitos; Ou até mesmo mudarmos de rua ao percebermos um homem mal vestido e mal asseado vindo em nossa direção. E ainda temos coragem de dizer que ele teve opções.

Buscamos cada vez mais nos trancarmos atrás das grades, das cercas-elétricas, dos grandes e imponentes portões, criando uma cidadezinha idealizada neste pequeno cercado, e para nos sentirmos bem, esquecemos os que estão do outro lado, exigimos apenas cuidado dos seguranças, para que estes a quem não desejamos não invadam nosso “lar ideal”.

O Pior é acreditarmos, juntamente com a mídia, na intensificação da Máquina Penal do Estado como melhor alternativa à criminalidade crescente e não nos damos conta que criamos uma sociedade cada vez mais excludente que passa a ver-nos através de rótulos de classe, raça (apesar de biologicamente sermos da mesma raça: humana), sexo etc. Simplesmente perdeu-se a esperança de mudanças. Busca-se cada vez mais a retirada dessas populações da frente dos olhos dos que se acham donos do mundo, e já não se investe mais em educação já não se investe na geração de empregos, enfim, esquece-se das boas maneiras. Talvez, se a Constituição permitisse, até passaria a fazer essa “limpeza” matando os excluídos, disso eu não duvido.

Contudo, há a necessidade do resgate de uma mentalidade solidária e verdadeiramente includente, que saiba reinserir os errantes, mas antes disso, eduque-os para que saibam o que é correto ou não. Portanto, percebe-se claramente que a doença no sistema não se cura investindo em medidas cada vez mais anódinas, mas a transformação deve se dar mudando o que precisa ser mudado, desde o início, na educação e no desenvolvimento de políticas públicas que garantam a igualdade social, ou ao menos que reduza a desigualdade gritante. O ser humano não é um lixo para ser simplesmente rejeitado e jogado às traças nos “lixeiros humanos”, mas deve ser respeitado, guardando-se sempre os princípios de igualdade e dignidade da vida humana.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

DA BARBÁRIE À SOCIEDADE


Enfim, de volta às letras. E hoje me pus a pensar sobre como tem estado o mundo em que vivemos; melhor entendido no termo planeta, pois no mais das vezes temos uma visão de mundo confundida com a visão do “nosso mundo”.

De repente após mais uma aula da disciplina de Antropologia – Ao pé da letra, estudo do homem – comecei a refletir sobre o planeta em que vivemos. Então lembrei-me que enquanto pessoas morrem de obesidade, enquanto na outra face da moeda, temos pessoas a morrer por um dos piores males que se tem, a fome; enquanto muitos riem da vida, outros riem para não chorar, e há aqueles – os que não têm vergonha, principalmente crianças – que choram por não ter o que comer. Talvez nem precisaríamos falar da guerra, mas é inevitável, pois de fato, estão acontecendo e além das astronômicas fortunas que são gastas à costeá-las temos tantas vidas desperdiçadas como mero objetos numa cultura de morte.

Enquanto muitos se divertem em suas festas e bebedeiras, uma parcela da vida humana sobre a face da Terra padece perante a fome; fome de solidariedade, fome de amor, fome de pão... É verdade, não é fácil entender por quê quanto mais “evoluímos”, prefiro dizer, alcançamos novas tecnologias, mais nos perdemos em nossa própria vaidade. Tudo tem se modificado de tal forma que precisamos, cada vez mais, levar a vida de modo superficial, é... Tudo isso não dá para entender.

Vemos ao passar dos dias novas tecnologias que surgem beneficiando sempre as minorias privilegiadas (acaso não somos todos iguais? Ou ao menos deveríamos ser.). E as pessoas que necessitam de um apoio da sociedade, onde ficam? Ah! Estas eu sei, ficam onde sempre estiveram e saindo de onde nunca deveriam ter insurgido, dos setes palmos abaixo da superfície(claro que precisamos lutar!).
Talvez ao ler este texto você acredite que estou sendo pessimista, quando na verdade estou simplesmente querendo abrir os nossos olhos, de modo a olhar para todos (sim, desta vez para todos igualitariamente) a fim de apontar uma saída viável, então, como sair deste quarto sem chave? Averiguamos todos os cantos em busca de uma saída, mas será que há? Muito nos perguntamos como sair desta diante de tanta corrupção? Verdadeiramente é difícil ter uma fagulha de esperança diante do descaso para com a vida humana que observamos, guerras, acidentes, fome...

Então, o que fazer? Desanimar? Desistir? Deixar rolar? Bem, não aceito estas opções como caminhos. A luz que agora me ilumina os olhos mostra-nos um mundo que necessita de novos Cristos, novos Gandhi’s. Isto é, não há transformação social sem uma mudança individual e esforço pessoal. É preciso que retomemos o sentido de sociedade, na difusão de uma cultura de paz – a paz harmônica, e não a imposta por armas –, amor – numa perspectiva caritativa –, o que gera a solidariedade. E é assim, somente assim que, com o pouco de muitos teremos uma verdadeira e profunda mudança nos paradigmas da sociedade.

LUTE! NÃO DESANIME! HÁ JEITO PARA ESTE MUNDO.

PAZ E BEM A TODOS!

sábado, 7 de julho de 2007

NUNCA DEIXE DE SONHAR


Hoje levantei cedo, como de costume, e observando o mundo de minha janela, pude perceber que, enquanto o dia se levantava, os pássaros, belamente, cantavam, e percebendo a poeira da noite sendo empurrada pelos raios de sol perguntava: Será que eles sabem por que (ou para quem) cantam? O que os impele a cantar? E a medida que questionava percebia que realmente há uma razão para cantar a cada manhã.

Às vezes nos sentimos sós, mas apreciando este belo dia que se levanta percebo que somos apenas grãos de areia na imensa praia do universo. Olhar o amanhecer a cada dia me faz perceber a beleza deste mundo o qual fazemos parte, e reforça profundamente o desejo de viver, afinal, tudo passa, nem mesmo você será o mesmo ao fim deste texto, pois nada volta ao que era antes; cada momento é um novo começo e, não sabendo quanto tempo tenho, quero viver a cada momento, afinal não sei que horas são no relógio de minha vida.

Respirar o primeiro ar da manhã, sorrir, olhar para o céu e por ele ser observado, tudo (já dizia a Bíblia em Gênesis) é muito bom, mas ao mesmo tempo fico pensando: Quantos passaram pela vida sem apreciar este momento? (afinal, como já disse, cada momento é único e não se repete) Quantos, por bobagem, adiantaram o relógio da vida sem parar para apreciar cada momento que lhe cercava? Foram muitos, por isso, me esforço para poder aproveitar a vida em cada momento.

Olhar tanta beleza na simplicidade de um amanhecer, no meu respirar, no vento a bater em minha face. Talvez você não tenha percebido os momentos que passaram hoje por você, o que te marcou até agora neste dia? Olhando a imensidão do mundo que nos cerca é fácil de perceber que não estamos sozinhos e que ao nosso redor há muito mais além de nós mesmos; poder ouvir o silêncio de cada manhã, nos torna, a cada momento, mais vivos.

Às vezes mergulhamos em um mundo que nós mesmo criamos, e em conta dele, deixamos de perceber o mundo, que antes de nossa vida esteve sempre aí, tentamos muitas vezes guerrear contra o que está aí, e criamos novas ilusões que subtraem nossos sonhos e esperança. O mundo que nós criamos para viver tem nos tirado a essência e nos arrancado os nossos próprios sonhos (o que é mais perigoso). Afinal, sonhar é a arte de projetar o desejo íntimo de nossa alma, a essência de nossa vida, como que a razão primária de viver. Por isso, nunca deixe de sonhar. Fala-se que sonho não é realidade e por isso não convém alimenta-los, bobagem, afinal ele é o desejo íntimo que lhe impulsiona a viver.

Alimente seus sonhos a cada dia, pois cada momento é novo em sua vida e esses momentos podem ser moldados de acordo com seus sonhos e com a força que você gasta para realizá-los. Lembra-te, na imensa praia do universo tu és apenas um grão de areia, o sonho é o ponto final de sua jornada, por isso, deixe que o vento te sopre e te empurre, levando-te a cada momento além de seus próprios limites, afinal grão de areia, por si só não pode se mover, mas, deixando-se mergulhar na incrível força do vento, pode percorrer longas distâncias, até mesmo voar, e o sonho produz a força deste vento.

Viva, sorria a todos, faça o que te faz feliz, e nunca se esqueça, alimente seus sonhos, pois os grandes sonhos geram grandes ventanias que te fazem voar e ir além de ti. Ame, o amor é o alicerce da felicidade. E não esqueça também, há um mundo ao seu redor, e você é parte integrante dele, carpe diem.

terça-feira, 12 de junho de 2007

CELEBREMOS O AMOR


Terça-feira, 12 de junho de 2007, Dia dos namorados. Dia tão especial dedicado a algo que move o mais íntimo da pessoa humana, O AMOR, para alguns, eterno, para outros apenas um momento. Neste dia celebra-se a semi-união de duas vidas, uma atração, algo que brota no mais íntimo baú dos sentimentos, e que se externa no desejo de estar perto desta outra pessoa.

Em uma pesquisa feita por psicólogos Norte-Americanos, com crianças de 6 a 9 anos de idade. Ao perguntarem a essas crianças “o que é amor?” obtiveram inúmeras respostas, como:
• “Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito zangado, não grita, porque sabe que isso fere os sentimentos da pessoa.” (Mathew, 6 anos);
• “Amor é quando uma menina coloca um perfume e o menino loção pós-barba, e eles saem juntos e se cheiram.”(Karl, 5 anos);
• “Amor é quando você sai para comer, e oferece suas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela.” (Chrissy, 6 anos);
• “Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente...” (Billy, 4 anos).

Bem, ante aos meus olhos, Amor é, antes de tudo, doação; amor é sentir-se bem perto de alguém; amor é perdoar mesmo quando dói o coração só de pensar na mágoa causada pelo outro. No Evangelho de Jesus Cristo segundo João, Cap. 15, Vers. 13 diz o seguinte: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.”.

Como dizia, amor é, antes de tudo, doação; amar é sofrer junto. O amor é uma forma que uma pessoa penetra na outra de forma recíproca de modo que um se torna pouco a pouco dependente do outro.

Amar o verbo da beleza, afinal o amor transforma as realidades, amor é aquela alegria que alguém te traz, mesmo quando tudo vai mal, apenas com o som de sua voz, o amor é uma dádiva divina plantada pelo grande semeador aos nossos corações, para que transformemos uns aos outros, como? É claro, e com o Amor.

Neste dia tão especial em que se perdem as palavras eu diria também que: Amor é você não saber o que dizer diante de uma pessoa, amor é aquele sorriso quando já não se tem palavras, enfim, amor é a manifestação divina no homem, amor é aquela voz que te levanta e te impulsiona à vitória. Enfim, Amor é um gesto de fraternidade e carinho que te faz a cada dia perceber o quanto a vida é bela, carpe diem, Ame para viver e viva para ser feliz.

Dedico estas palavras, de modo todo especial, à minha família que tanto me ensinou o valor deste sentimento e que tanto tem me feito mergulhar mais a fundo na experiência de Amar.
Feliz dia dos namorados à todos!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

E A VIDA, O QUE É?


Hoje ao ver estirada ao chão uma pessoa que já não mais vivia; me pus a perguntar: Afinal, o que é a vida?

A princípio um questionamento fácil, mas ora, será que a vida, humana principalmente, estaria restrita a uma simples explicação biológica onde vida é o estado de funcionamento dos sistemas que formam a pessoa? Apenas isso não é o bastante para responder o que é a vida; teria cada vida um tempo predeterminado?

Uns vivem mais que outros, uma mosca, por exemplo, não vive mais que uma semana, mas há aquelas que ultrapassam esse padrão e também há aquelas que morrem antes deste período, há aquelas que têm a má sorte de serem envenenadas. (O) que(m) será afinal que regula todas essas ordens? A mosca foi apenas um exemplo.

Muitos falam de uma missão que cada um tem na Terra, mas será mesmo que somos seres predestinados? Devemos nós cumprir uma cartilha que está acima de nós mesmos?

Para uns a vida momentânea é uma dentre outras, para outros ela é única. Como então entender uma realidade tão divergente? Bem, há muitas perguntas às quais ainda não temos respostas.

Não sei como aqui chegamos, o que posso afirmar é que aqui estamos; então dizemos: Estou vivendo. Mas, quero entender como viver corretamente? Onde encontrar o manual da vida? Como usa-la corretamente para que não dê “defeito”? Enfim, qual a vida útil de cada vida? Por que umas duram mais que outras? Muitas vezes falamos: Amanhã farei aquilo ou aquela coisa... Como podemos afirmar com tanta veemência se não podemos afirmar a existência do futuro?

Quanto tempo a vida tem? Não há como dizer. Simplesmente a vida é atemporal, a vida não tem tempo, a vida só tem o agora. O ontem já passou o amanhã ainda não há, por isso, vivamos o agora com intensidade, carpe diem, só nos resta o hoje pra viver. Então, o que é a vida? Dela só posso afirmar uma coisa, a vida é o agora, por isso viva-a, você só tem esse momento para viver. Viva e ame, e ame para viver!

Paz e Bem a todos!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

HOMEM NÃO CHORA (?)


Alguém cetra vez disse uma bobeira que se encarnou no seio da sociedade: “Homem não chora.”.


Tenho que confessar: choro e ainda sou homem o bastante para contradizer o ditado e me pôr a chorar. Não passa pela vida quem não chora, o primeiro suspiro de vida surge com um choro. Por isso digo: quem entra na vida, seja homem ou mulher, este precisa chorar.


O choro é o suor da alma, homini anime, do cansaço da alma humana; Se manifesta na alegria, na tristeza, na dor da saudade, e quem diz que pra ser homem não se pode chorar (?) eu contradigo dizendo que choro sendo homem, e que é próprio do ser humano o doce ato de chorar, externando o suor de minh’alma, que ao suar me deixa um brilho no olhar; brilho de nova esperança, que grita em meu íntimo: NUNCA DESISTA DE AMAR!


“E se eu amei quem vai me condenar? Se eu chorei quem vai me criticar? Só quem não amou, quem não chorou Quem se esqueceu que é um ser humano; Quem não viveu, quem não sofreu; Quem já morreu e se esqueceu de deitar.” (Diácono Nelsinho Corrêa)

sábado, 14 de abril de 2007

Amor, Fonte de Ressurreição


Hoje decidi sentar e escrever o primeiro texto deste blog, afinal, sendo este, a carta de apresentação, não posso tratar de um assunto qualquer. Todavia, o que tratar neste primeiro texto dada a tamanha importância? Muitos assuntos surgem repentinamente: Lembranças da Família, da namorada, dos amigos, enfim, uma reflexão da própria vida.
Um certo dia paramos e olhamos para a nossa realidade e nos perguntamos: Porque estou aqui hoje? O que vim fazer neste mundo? Qual a minha missão? Do nada somos chamados à vida e não sabemos por quê. Por um convite de Deus hoje estou aqui, e quando paramos para refletir é difícil não lembrarmos com saudades das travessuras de criança, dos tempos que corria despreocupadamente na Praça Melo Uchôa, brincar de pique-esconde pega-pega, bandeirinha, cobra-cega, enfim, momentos felizes que precederam à mocidade.
Como que repentinamente, caímos na realidade, percebemos o quanto mudamos, o quanto crescemos e quão diferentes nós ficamos, vai-se perdendo a inocência de criança, a insegurança adolescente, muda-se o modo de pensar e descobrimos que não somos mais criança. O mundo nos convoca a um novo modo de ser, de agir, de ver o mundo, às vezes caímos, lutamos, cansamos, mas o importante é nunca desanimar.
Talvez não esteja tão maduro para falar, mas precisamos ser fortes, crescer com as saudades que temos da infância, dos amigos, da família, nestes momentos precisamos olhar para o Céu e colocarmos lá a nossa meta. Saudade, dores, medos, é inevitável sentir, afinal, longe da pessoa amada, da família, dos amigos, nos invade uma profunda solidão, então lembramos da Cruz, toda dor que sentiu Jesus, e assim podemos perceber que após o sofrimento sofrido no Amor se esconde uma única e verdadeira força que nos impele sempre a dizer: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Ressuscitemos com Ele pela força do Amor.


Feliz Páscoa a todos!