quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

DESASSOSSEGO

pinheirinho

 

Dormirei de olhos abertos,

Ouvidos? Sempre atentos!

Pois a hora nunca se sabe.

[Ou sabe.]

 

É chegado o momento,

É hora da despedida.

 

Já não terei terras sob meus pés,

Pois serão retiradas à força.

 

Meu teto eles carregarão,

Só penso: “essa é a hora da peste prevista”.

 

Por isso não dormiremos,

Nem nos calaremos.

 

Manteremos o brado,

Como única força que temos,

Resistência!

 

[É a única prece que resta.]

 

Mas sei que a peste virá blindada,

Armada [e Mal Amada],

Cheia ódio a dispensar.

 

Carinho? Respeito?

Educação? Não haverá nada.

Será a mais horrenda truculência,

Para o desenvolvimento chegar.

 

[É o que o Estado nos oferta]

 

E amanhã, quando erigirem aqui seu palácio,

Terão nossas almas lhes deixando inquietos,

Os risos serão falsos, e os corações corroídos.

 

Sentar-se-ão em confortáveis poltronas,

Mas saberão,aqui teve sangue de mártir.

E o fétido odor do sangue putrefado incomodará.

 

Para quem sabe – um dia –,

Possa este Estado-Alegoria,

Aprender seu Povo Respeitar.

 

 

São Luís – MA, 19 de dezembro de 2012.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Deixa eu Cantar

sex

Ah, Domingo!

Deixa eu cantar,

Libertar-me dos grilhões.

 

Quebrar tamanha monotonia,

Por entre beijos e amassos,

Entregando-me em prazer total.

 

Deixar a libido a consumir cada célula,

Tudo erotizar, toque, riso,

[e olhar.]

 

Uma boa cachaça,

Potencializando tamanho desejo.

 

Para enfim relaxar num deleite carnal,

E carinhar-te até que o sol da manhã venha

[nos acordar.]

 

 

São Luís – MA, 09 de dezembro de 2012.