Vai Maria, revela teu sorriso.
Irradia o desabrochar das rosas
Que florescem neste verão.
Deixa que o vento bata em teus cabelos,
Para que possas respirar,
Sem angústia ou dor que te atormente.
Liberta-te! Esquece meu silencio,
Esqueça [-lhe]!
Até que ele não te fale mais nada.
Vai Maria, requebra teu corpo
No samba da vida,
E deixa que eu me cale lentamente.
Deixe que eu tape a boca de meu silencio,
Para que ele não mais te fale,
Das dores que meu coração sente.
Vai Maria, a roda te espera,
Tamborins e Pandeiros,
Aguardam teu gingado.
É Maria...
Minha dor é silente,
Pois ainda sinto entre os dentes,
Este gosto amargo.
Barra do Corda – MA, 27 de dezembro de 2012.