sábado, 27 de outubro de 2012

Lasciva Morbidez

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Estava tão linda,

Desfilava o habitual sorriso,

Interpolando beijos e abraços.

 

Era noite de luar,

O vento frio embalava olhares oblíquos

Escondidos na escuridão noctívaga.

 

Pouco tempo levou,

Logo se tinham nos braços

Por entre cálidos suspiros [e gemidos].

 

 

Unhas, dentes, mãos e braços,

Ditavam as ordens de

Carinhos tenros e sinceros.

 

Chronos cuidou de pronto

Da desditosa situação

Acelerou o tempo da razão.

 

Morpheus entregou-lhe a pílula vermelha

Acordou-se do devaneio,

Restou em sobressalto.

 

Aquilo tudo tinha passado,

E quedou-se ali estático

Diante de um corpo já sem vida.

 

Por que caminhos trilhavam agora

Os desejos nunca realizados?

Estavam mortos e sepultados?!

 

Contentou portentosamente em

Admirar aquele corpo nú [porém belo]

Que putrefazia-se em sua frente.

 

E seguiu em passos lentos [e firmes]

Deixando-se apodrecer,

Em sua própria dor.

 

 

 

São Luís – MA, 27 de outubro de 2012.

Vem e Deita

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Vem,
Deita-te ao meu lado,
Encosta tua cabeça no meu peito.

Sente este pulsar,

Alegre junto de ti.

 

Vem,

Joga-te nesta rede,

E abre teu sorriso.

 

Vem,

Deixa-me deleitar em

Em teu corpo.

 

Vem,

Deixa-me beijar

Teu corpo loucamente.

 

Vem,

____________

_______________.

 

Vem,

[E] Sente nosso pulsar,

Dentro de ti.

 

São Luís – MA, 22 de outubro de 2012.