E a poesia do dia, não deu outra,
Fala de hipocrisia.
Então fica decretado,
Assinarei em letras rubras [como o sangue]
Um Pacto de Mediocridade.
Sim, serei medíocre,
Exímio fingidor,
Não é assim que tem que ser o poeta?
Pois assim será!
Abraços, risos, acenos...
Serão todos intencionais.
Nada de mim deixarei passar,
Sem uma pitada aleivosia.
Assim porei fim a qualquer rancor
Decorrente da sinceridade de meus atos,
Pois serei de todo medíocre.
E perguntarão certamente:
E o fulgor? Teu sangue pulsante?
Como há de os controlar?
Digo-te em resposta,
A saída é puramente científica.
Introjetarei na veia, nitrogênio líquido.
Dessa maneira, o sangue, [outrora fervente]
Congelará.
O coração [outrora pulsante],
Não mais baterá.
E aquele corpo,
Antes quente, lascivo, [e sincero]
Tornar-se-á gélido, abaixo de zero.
E com isso, a ideia de fingir,
Risos, beijos, carinhos... [e tantas cousas mais]
Não mais me incomodará.
Desta forma, inexistirá dor silente,
Neste álgido coração.
Serei um hipócrita a mentir,
Não sentir o ardor da paixão!
São Luís – MA, 09 de agosto de 2012.
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